sábado, outubro 03, 2009

O Paradoxo da Nuclebrás: o Brasil defende preservação do Meio Ambiente, mas teria importado tecnologia para construir bombas atômicas...

***Numa campanha eleitoral o presidenciável do PRONA, Enéias Carneiro, Dr. Em Física, falou na construção da bomba atômica, em discurso em rede nacional...

***Por que dotação orçamentária para pesquisa nuclear e usinas “vaga-lume” ou “pirilampos”???

Estudos da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais-CDRM, órgão do Governo do Estado-, transformaram em realidade a ocorrência de urânio na Paraíba, uma afirmação que, ao longo dos últimos trinta (30) anos tinha a conotação de lenda. "A Paraíba tem urânio, sim. São José do Espinharas, no Alto Sertão, possui uma jazida de óxido de urânio com 12 toneladas de reserva, mantendo a particularidade de conter um teor de 1.200 partes por milhão", declara o geólogo João Eduardo da Fonte, 57 anos.
NUCLEBRÁS
Eduardo participou da equipe formada pela Nuclan-Nuclebrás, Auxiliar de Mineração S/A, que realizou pesquisas sobre a existência de urânio no interior da Paraíba, no período de 1977 a 1982. Essas mineradoras, segundo ele, eram subsidiárias das Empresas Nucleares Brasileiras - Nuclebrás, que realizou pesquisas sobre a ocorrência de urânio em todo o Brasil. O geólogo da CDRM afirma que a jazida de São José do Espinharas revelou-se estrategicamente viável, ao contrário de outras, descobertas em municípios diferentes.
SONDAGENS GEOLÓGICAS
A pesquisa realizada pela equipe de Eduardo durou cinco anos. Também estendeu-se aos municípios de Pocinhos, no Compartimento da Borborema, Cajá-Caldas Brandão, no Agreste e a Barra de Santa Rosa, no Curimataú. Estas, mesmo pesquisadas até o nível das sondagens geológicas, revelaram-se economicamente inviáveis. Por que? Eduardo explica tudo, nos mínimos detalhes.
JAZIDAS DE URÂNIO NO NORDESTE BRASILEIRO
As jazidas de urânio encontradas em Pocinhos, Barra de Santa Rosa e Cajá-Caldas Brandão são ocorrências de enriquecimento superficial, onde o teor do minério é alto na superfície e muito baixo na profundidade. "Uma jazida assim, não estimula nenhuma empresa a fazer investimentos", diz Eduardo. Por outro lado, a jazida de São José do Espinharas demonstrou sua viabilidade, embora, até hoje, não tenha sido explorada.
“PEDRAS BRILHANTES” PARECIDAS COM CÉSIO-137
O conjunto Nuclan/Nuclebrás cubou jazidas de urânio em São José do Espinharas, Pocinhos, Barra de Santa Rosa e Cajá-Caldas Brandão (PB); na região de Lagoa Real (BA); e em Itatiaia (CE), todas de grande valor, no que se refere aos itens volume e teor. Nesses estudos, também foi desmentido "o mito das pedras radioativas de Pocinhos". De acordo com Eduardo, o fenômeno que pode ter causado câncer de pele em algumas pessoas na zona rural de Pocinhos, certamente não foi originado no minério de urânio.
GARIMPAGEM DE URÂNIO
Na época das pesquisas, também foi criado o mito do urânio de Mulungu. Eduardo diz que não lembra de nenhuma prospecção ou cubagem neste município. E adianta que, lá, não existe jazida de urânio de nenhum teor ou volume. Voltando a se reportar a São José do Espinharas, ele lembra que a equipe da Nuclan/Nuclebrás, após exaustivos estudos, chegou a conclusão de que, pelo teor e volume essa jazida pode ser considerada como de reserva estratégica para o futuro, se forem considerados uma série de fatores econômicos, que envolvem custo da extração, custo de beneficiamento, custo de transformação e preço de mercado.
Por enquanto, as jazidas de Poços de Caldas (MG) e Lagoa Real (BA) fornecem o urânio necessário ao funcionamento das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 (RJ). A jazida de Itatiaia (CE), considerada, atualmente, a maior do Brasil, só será lavrada em futuro próximo. Na Paraíba, além de urânio também existem diversas ocorrências de thório, um mineral radioativo utilizado na produção de energia. Aqui, a ocorrência do thório é apenas registrada.
UMA DECLARAÇÃO “EPIGRAMÁTICA”
"Se o governo brasileiro chegar à conclusão de que a jazida de urânio de São José do Espinharas é economicamente viável, não haverá nenhum obstáculo para a sua exploração", confere Eduardo. A jazida tem 1.500m de extensão, com a vantagem de possuir teor e volume em quantidades razoáveis.
SISTEMA SOLAR
Este minério radioativo é chamado assim em homenagem ao planeta Urano. Trata-se de um elemento químico de símbolo U e de massa atômica igual a 238 (92 prótons e 146 nêutrons). O urânio, na temperatura ambiente é encontrado em estado sólido. Pertence à família dos actinídeos, pois se trata de um elemento metálico-radioativo, onde se descobriu, pioneiramente, a propriedade radioativa.
“COGUMELOS”
Descoberto em 1789, pelo alemão Martin Heinrich Klaproth, o urânio é utilizado, hoje, na indústria bélica, para a fabricação de bombas atômicas e de espoletas da bomba de hidrogênio. Alguns países já utilizam o urânio para a produção de energia elétrica. Pensava-se que o urânio era um minério derivado do zinco, ferro ou tungstênio. Klaproth comprovou a existência de uma substância semi-metálica no urânio. Chamou-o de urânio, em homenagem à descoberta do planeta Urano, pelo também alemão Herschel em 1781.
BOMBARDEIO DE NÊUTROS EM LABORATÓRIO
Mais tarde, o franco-teutão Pteligrot provou que o alemão Klaproth apenas tinha conseguido isolar o óxido e não o metal e, em 1842, conseguiu isolar o urânio metálico. Becquel descobriu, em 1896, que o urânio tinha propriedade radioativa. Enrico Fermi, em 1934, observou que o bombardeamento de urânio com nêutrons produzia uma emissão de partículas Beta. Esta reação só seria explicada quatro anos depois, por Otto Hahn e Frtiz Strassmann. Eles concluíram que o urânio bombardeado com nêutrons dava origem a isótopos de elementos mais leves, como kripton ou bário, por fissão de seu núcleo, libertando, daí, uma grande quantidade de energia.
ACIDENTE HISTÓRICO
Em 1945 os norte-americanos testaram a força das primeiras bombas atômicas utilizadas numa guerra. Lançadas sobre Hiroshima e Nagasáki, no Japão, as bombas ianques provocaram a primeira verdadeira hecatombe do planeta. O império japonês rendeu-se, sem contestações. Antes, o urânio teria produzido a bomba V-2, em Berlim. Com ela Hitler pretendia devastar, em série, os maiores quarteirões de Paris. As bombas seriam disparadas por um canhão atômico denominado Karl, neutralizado pelos serviços de espionagem inglês e francês. Um dos alvos de Karl seria a Catedral de Notre Dame. O filme Paris está em chamas? Estrelado por Orson Welles, conta parte dessa história.
Saiba mais!
LIXO ATÔMICO
Em 1987 grupos de ecologistas liderados pelo GreenPeace, rastrearam um navio de bandeira russa que teria deixado o mar Adriático, na Europa, e se encontrava no rumo de Cabedelo, com uma carga de lixo atômico à bordo. Ambientalistas da Paraíba, alertados pelo Greenpeace, alugaram um barco em Cabedelo e foram ao encontro do navio, na altura da Barra do porto paraibano.
PATOLOGIA
A Sudema encabeçou o movimento de protesto, para que o navio não atracasse. Um doqueiro que esteve à bordo do cargueiro, ainda em alto mar, queixou-se de febre, calafrio e dor de cabeça, ao visitar os porões, cuja carga estava coberta com uma lona metálica. O navio não aportou. Deu meia volta a partir do Farol de Pedra Seca e sumiu em alto mar, depois de permanecer ancorado 24 horas na linha da Barra, vigiado de perto pelos ecologistas paraibanos, reunidos pela Sudema e APAN - Associação Paraibana de Amigos da Natureza.
***Texto: Hilton Gouvêa & Marcos Russo
***Obs: o texto foi adaptado para este diária virtual por...***Abelardo Jorge 9957- 6033:।"Nós acreditamos em Deus e seus profetas": We believe in God and his prophets , Creemos en Dios y sus profetas, Noi crediamo in Dio e la sua profeti, Nous croyons en Dieu et en ses prophètes,Wir glauben an Gott und seinen Propheten ,Πιστευουμε στο Θεο και του προφητες, ونحن نؤمن بالله وبلدة الأنبياءابيلاردو خورخي ....Leia mais nos links:
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