PRESIDENTE DEMOCRATA BARACK OBAMA CONFIRMA: OTAN AVALIA OPÇÕES MILITARES CONTRA ACONTECIMENTOS POLÍTICOS NA LÍBIA DE MUAMMAR KADHAFI
O presidente dos EUA, Barack Obama, durante encontro com a premiê da Austrália, Julian Gillard, nesta segunda-feira (7) na Casa Branca (Foto: AP)
***Pressão internacional para interromper ataques a civis cresce.
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira (07/03) que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está avaliando opções militares em resposta à situação política da Líbia.
Em declarações após conversar com a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, Obama afirmou que os dois países concordaram que a violência do governo líbio contra a população civil é inaceitável.
Obama também advertiu aos assessores do ditador Muammar Kadhafi que deverão responder pela violência em seu país, que já deixaram milhares de mortos desde o início da repressão aos protestos populares.
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Mais cedo, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen, advertiu ao governo líbio que os ataques poderiam contituior crimes como a humanidade e, caso eles continuem, a comunidade internacional não poderá contiuar "passiva".
Uma fonte diplomática na ONU revelou que França e Reino Unido estão elaborando um projeto de resolução do Conselho de Segurança para impor uma zona de exclusão aérea na Líbia.
A chancelaria francesa informou que a Liga Árabe respaldaria uma medida deste tipo.
O presidente dos EUA, Barack Obama, durante encontro com a premiê da Austrália, Julian Gillard, nesta segunda-feira (7) na Casa Branca (Foto: AP)
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, confirmou que o Reino Unido prepara um projeto de resolução da ONU sobre uma zona de exclusão aérea na Líbia, mas disse que ela deverá ter o apoio local e regional, assim como uma base legal clara.
A União Europeia (UE) também prepara novas sanções financeiras, especialmente contra a Autoridade Líbia de Investimentos (LIA), um fundo soberano que administra os recursos petroleiros e possui participações em várias empresas européias.
Kadhafi, de 68 anos, no poder desde 1969, acusou a França de "interferência" por ter apoiado o Conselho Nacional instalado pela oposição em Benghazi (a segunda cidade do país, 1.000 km ao leste de Trípoli) para governar as "zonas liberadas", em entrevista ao canal France 24.
A aviação de Kadhafi fez várias incursões no porto petroleiro de Ras Lanuf, o que provocou a resposta de baterias antiaéreas. Um veículo civil foi atingido e uma pessoa morreu e várias pessoas ficaram feridas, segundo testemunhas.
Os rebeldes ocuparam no sábado Bin Jawad, que fica no caminho de Sirte, a cidade natal de Kadhafi, mas as tropas do líder líbio recuperaram no domingo a localidade e forçara o recuo dos opositores após combates que deixaram pelo menos 12 mortos e 50 feridos, segundo fontes médicas.
Em Misrata (terceira maior cidade do país, entre Trípoli e Sirte), os tanques de Kadhafi bombardearam a cidade, informaram moradores no domingo. Alguns chegaram a alertar para o risco de "carnificina" sem uma intervenção da comunidade internacional.
A repressão em Misrata deixou pelo menos 21 mortos, "em sua imensa maioria civis", e 91 feridos, nove deles em estado grave.
A ONU solicitou acesso urgente a Misrata para atender as vítimas.
A Itália afirmou que estabeleceu "contatos discretos" com o Conselho Nacional, para buscar uma solução à crise.
Outras iniciativas tiveram menos sucesso.
Uma pequena equipe diplomática britânica que viajou a Benghazi para iniciar contatos com a oposição deixou o país depois de ter passado por "dificuldade", informou o Foreign Office.
A oposição anunciou que se recusou a conversar com os enviados de Londres, que chegaram a ser detidos, porque eles entraram ilegalmente na Líbia.
As agências humanitárias da ONU fizeram nesta segunda-feira um pedido para arrecadar US$ 160 milhões de ajuda para as vítimas do conflito na Líbia.
***Fonte: G1 e agências internacionais
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