Contas Abertas: Pesquisa mostra que políticas públicas abordam prostituição apenas para a prevenção da AIDS

PREVENÇÃO DST E HIV
De acordo com Luciene, até maio de 2008, quando foi encerrada a pesquisa, a política de saúde colocada pelo programa nacional para profissionais do sexo estava baseada somente na prevenção de DSTs e HIV, compreendida como uma proposta de contenção da transmissão do vírus por meio da distribuição de camisinhas, gel lubrificante, folders, etc. “Para ser uma política voltada para a questão da cidadania, precisa de fluxos e parcerias que estão fora da saúde como educação, cultura, habitação, etc.”, adverte. Luciene lembra que há um grande déficit na qualidade do atendimento a essa população. “Os travestis e as prostitutas têm acesso a insumos, sorologias e atendimentos variados no que tange às DSTs e Aids. Na verdade, seus maiores problemas, inclusive de saúde, vão muito além disso”, explica.
“VIÉS REGULAMENTARISTA"
As ações de saúde pública voltadas para a prostituição possuem um viés histórico regulamentarista cujo objetivo é controlar o corpo de todas as mulheres, inclusive daquelas que não exercem a prostituição”, critica. Segundo Luciene, o problema das políticas de saúde é histórico e político. “É um fato histórico e político que os corpos e as sexualidades, das mulheres e dos homens estejam enredados por inúmeros dispositivos de controle. A prostituição é apenas um deles e está fortemente engajado com outros, como o casamento, a homossexualidade, etc.”, acredita.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Para a psicóloga, mudar esse quadro é simples e possível. “Passa pela possibilidade de as políticas de saúde trabalharem no sentido de promover a autonomia dos sujeitos - homens, mulheres, jovens, idosos, etc. - sobre os seus corpos biológicos, reprodutivos, sexuais, históricos, etc. Políticas de saúde voltadas para a promoção da capacidade de o sujeito fazer escolhas passariam, por exemplo, pela discussão de todos os métodos e recursos existentes no mercado para contracepção e prevenção de DST, e não apenas a camisinha”, diz.
Segundo Luciene, as políticas de saúde devem considerar a prevenção da violência e o encaminhamento de situações de violência como parte do seu trabalho e oferecer aos profissionais do sexo, além de uma caixa de preservativos por mês e acesso a sorologias, espaços onde possam denunciar, se for o caso, as violências sofridas cotidianamente.
Segundo Luciene, as políticas de saúde devem considerar a prevenção da violência e o encaminhamento de situações de violência como parte do seu trabalho e oferecer aos profissionais do sexo, além de uma caixa de preservativos por mês e acesso a sorologias, espaços onde possam denunciar, se for o caso, as violências sofridas cotidianamente.
AGÊNCIA USP DE NOTÍCIAS
Quanto à legislação brasileira em torno da prostituição, a psicóloga acredita que há uma confusão sobre a questão. Em entrevista à Agência USP de Notícias, Luciene afirmou que ao mesmo tempo em que a lei permite a prática, ela se restringe somente às mulheres e sem nenhum tipo de agenciamento ou organização.“Se duas ou três prostitutas alugarem um apartamento para fins de prostituição, isso é crime. Tudo o que uma mulher pode, se quiser se prostituir, é ficar na rua, a céu aberto, sem nenhum tipo de proteção. Elas não podem nem ao menos se organizar em forma de cooperativas”.
PROBLEMA SOCIAL
PROBLEMA SOCIAL
Para a prostituição de homens, não há legislação. “Se um homem está na rua andando de um lado para o outro, com fins de prostituição ou não, ele pode ser punido no delito vadiagem”. “A prostituição é um problema social e legalmente complexo e como tal precisa ser considerado e compreendido desde o ponto de vista dos modos de organização da sociedade”, diz Luciene. E que deve ter uma abordagem ampla que considere toda a extensão do tecido social.
***Leandro Kleber, do : http://contasabertas.uol.com
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