AMB critica lista de candidatos da Transparência Brasil

O presidente da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil), Mozart Valadares, criticou nesta terça (1º/7) falta de especificidade da ONG Transparência Brasil ao publicar os processos de candidatos em todo o país. A lista do projeto Excelências é semelhante à apelidada de "lista suja"."A nossa lista será completa. O leitor poderá compreender quem é candidato", afirma Mozart, que anunciou que a AMB definiu critérios da publicação.Nesse projeto, a Transparência relaciona candidatos com citações na Justiça e Tribunais de Contas. Para cada candidato, há uma ficha contendo filiação, histórico e ocorrências na Justiça. Nos processos, é disponibilizado links às páginas dos tribunais onde a ações penais tramitam e páginas dos candidatos.Questionado sobre casos específicos, em que o links dos candidatos levam a páginas dos tribunalis contendo números dos processos, réus, e Varas da Fazenda Pública, mas não dizem do que se trata, Valadares disse que, por correr na Fazenda Pública, pode ser relativo a dívidas que réus negam. "Esses candidatos podem, inclusive, contestar na Justiça presença deles na lista", destacou."A AMB não irá relacionar esse tipo de processo. Não podemos colocar na mesma vala comum candidatos que brigam pela guarda de filhos e os que respondem por homicídio, por exemplo", afirmou o magistrado.Segundo Valadares, a prioridade da AMB é relacionar nomes dos que respondem ações referentes a exercício de cargo público, ou seja, se o candidato praticou infrações ao longo de mandato anterior. Depois, os que concorrem a primeira vez. Estes somente terão nomes publicados em casos graves: homicídio, latrocínio, e outros.Outro ladoA Transparência Brasil admite que alguns processos estão relacionados nas páginas sem especificação do que se trata. Atribui culpa ao próprio Judiciário, que não fornece informações detalhadas em sistemas de acompanhamento nos sites."Nós publicamos o máximo de informação possível. Essa crítica é infundada. É um problema de tribunal, diria-se. Se eles (juízes) têm acesso a informações, que publiquem em sites", defende Cláudio Weber Abramo, diretor executivo da Transparência.Conforme Abramo, somente são adicionados à página da Transparência processos de segunda instância. "Além disso, não são expostos processos de pensão alimentícia, crimes contra honra, calúnia e difamação, aos quais políticos estão sujeitos", completa. "Nós recebemos algumas contestações. Isso é prática na democracia representativa em construção no Brasil, diria”, disse.

Fonte: Rosanne D'Agostino(Em São Paulo) “adaptada” por...

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