Assim se vai...
Muitas palavras, poucas verdades. Ninguém à vista. Apenas uma silhueta perdida na multidão, vasto desertos de homens. Caminha entre euforia e depressão. O crepúsculo quase sempre é triste. Fim do dia. A noite não se furta, envolve os mortais. O céu à noite é só penumbra. Sem lua e estrelas, apenas trevas. Nas ruas surgem luzes de néon. É noite alta. Meia-noite. A rua está vazia. Seres flutuantes e invisíveis transitam cheios de nostalgia. Medonha barreira caprichosa...
Poucas palavras, meias verdades. Assim se vai. O futuro é sempre longe ou amanhã, entre brumas. Há Lugares que você não conhece. Nem viu em pensamentos. Visão à distância, pobre ou rica utopia. Há Tanta luz, mas existem caminhos e palcos escuros demais prá ver um jardim de acácias, flores. Há muitos em tantos descaminhos, mergulhados em espectros e sombras. Todos nós temos espectros e sombras. Sonhos, paixões e desamores. Esperanças perdidas. Vidas vazias. Milhões morreram de fome, doenças, prisões. Estão só lá, onde o chão é mais sagrado e não se ouve um pio...
Poucas palavras, nenhuma verdade. Assim se vai. Existem muitas intenções e pouco cumprimento da lei em práticas de alguns governos, tribunais, legislativos, forças policiais. Esquadrões e sepulturas. Inocentes no chão, sem ver as estrelas. Aliás, tudo é tão contraditório, somente hipóteses covariantes e inversas. Aqui. Ali. Em todos os lugares. Assim se vai...
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