Angustiado, presidente do Santos pede que Pelé pare vulcão

Ainda sem saber se conseguirá embarcar com destino a Montevidéu para o primeiro jogo da final da Copa Libertadores da América na quarta-feira, o presidente Luis Álvaro Ribeiro admitiu angústia e pediu uma "ajuda" até para o maior ídolo da história santista. Em entrevista à rádio uruguaia Sport890, o dirigente declarou que não vê problemas em adiar a partida de ida com o Peñarol, no Estádio Centenário, mas declarou que as incertezas sobre as condições de voo preocupam o elenco brasileiro.

Desde a última semana, os voos para o sul do continente vêm sendo alterados ou cancelados por conta da erupção do vulcão Puyehue, no sul do Chile. As cinzas expelidas se espalharam inicialmente pela região da Patagônia argentina, mas chegaram dias depois até o sul brasileiro. Viagens aéreas com destino a cidades como Buenos Aires e Montevidéu foram cancelados por conta da presença dos resíduos vulcânicos no céu, em altitude de voo.

"Estamos muito preocupados. Pela manhã tentamos falar com a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e eles não tinham uma previsão exata. O clima é de angústia, não sabemos como chegar a Montevidéu", contou Luis Álvaro à rádio uruguaia, que citou a presença de Pelé ao treino santista nesta segunda-feira para desejar sorte aos atletas.

"O Pelé já parou uma guerra, então lhe disse que agora teria que parar um vulcão", brincou o presidente santista, que afirmou ter escutado um "vou tentar" como resposta do eterno camisa 10, tricampeão mundial pela Seleção Brasileira.

Sem saber se terá condições de chegar a tempo ao Uruguai para enfrentar o Peñarol na noite desta quarta-feira em Montevidéu, Luis Álvaro reforçou que não vê problemas em remanejar a data do primeiro jogo da final da Libertadores. "Estamos à disposição para que jogo seja adiado em 24 ou 48 horas ou até o final de semana. Mas estamos prontos para jogar", prosseguiu.

O cartola santista também aproveitou para comentar sobre a carga de ingressos que o Santos destinou ao Peñarol para o jogo de volta da decisão, marcado inicialmente para 22 de junho no Pacaembu. Especula-se no Uruguai que os brasileiros haviam oferecido 1,8 mil ingressos ao time visitante, mas Luis Álvaro rebateu.

"Foram 2.450 cadeiras que o Santos conseguiu ceder ao Peñarol. No Brasil, a Justiça limita a 5% do total do estádio, e conseguimos 2.450 com segurança", disse Luis Álvaro, que afirmou ter recebido a mesma quantidade dos uruguaios para o confronto no Centenário.

***Fonte: terra.com.br