'Não tenho tempo para pensar o que vou vestir', diz Gisele Bündchen
A maior estrela da moda mundial, quem diria, não se preocupa tanto em estar na moda. "Não tenho tempo para ficar pensando o que vestir. Não sigo muito as tendências", revela Gisele Bündchen, que desfila este mês na São Paulo Fashion Week, que tem início no dia 28.
Mesmo assim, a moda segue apaixonada por essa gaúcha de Nova Horizontina. Um caso de amor que começou há 15 anos, quando a moça fazia um passeio de excursão pela capital paulista e foi notada por um olheiro de uma agência de modelos.
"Passei por vários momentos difíceis. Fui para o Japão, com 14 anos, e depois também para Nova York, sem falar nada de inglês", relembra Gisele em entrevista ao G1 (leia abaixo), hoje considerada a top model-ícone da moda pelo site especializado Models.com e a mais bem paga segundo dados da revista "Forbes".
A chegada ao topo não virou sinônimo de acomodação. Em maio passado, cinco meses após dar à luz seu primeiro filho, Benjamim, a top já exibia a boa forma reconquistada em uma campanha de lingerie. Em janeiro, antes de desfilar para a marca de streetwear Colcci na SPFW, Gisele poderá ser vista na capa da primeira edição do ano da "Vogue" japonesa e nas campanha das grifes Balenciaga, Hope e Pantene. A modelo também é garota-propaganda - e idealizadora - de sua primeira linha de cosméticos, a Sejaa.
Gisele na Vogue Japão: a primeira capa de 2011.
(Foto: Reprodução)
Fora os editoriais e semanas de moda, o público deve se preparar para ver Gisele no carnaval carioca. A top ainda estuda o convite da escola Unidos de Vila Isabel para desfilar na passarela do samba. Uma logística complicada, que exige deixar sua mansão em Boston, onde vive com o marido, o jogador de futebol americano Tom Brady, e o filho de 1 ano.(Foto: Reprodução)
Na entrevista a seguir, Gisele fala sobre carreira, maternidade, e claro, sobre a moda - assunto, que como ela diz, não a preocupa tanto assim.
G1 - Você raramente desfila nas passarelas internacionais, mas marca presença em todas as temporadas da SPFW. Por quê?
Gisele - Já faz muitos anos que optei por não realizar mais o circuito de desfiles, era muito exaustivo para mim. Mas acabo desfilando algumas vezes no ano, quando aparece um convite muito especial ou para as marcas com as quais tenho contrato. Vou confessar que também adoro desfilar no Brasil porque aqui tem sempre uma energia diferente.
G1 - Fala-se muito na evolução da moda brasileira. Você percebe isso na prática?
Gisele - Hoje em dia você vê as pessoas lá fora usando marcas brasileiras, comentando sobre os estilistas... Acho que o Brasil cresceu muito na moda e tem tudo para se destacar ainda mais.
G1 - Você marcou a virada do “heroin chic” para o look saudável das modelos. Antes dessa virada nos anos 90, você chegou a sofrer algum tipo de rejeição por parte dos produtores, fotógrafos, agências por ser uma menina com curvas, corada?
Gisele - Eu sempre fui magra, apesar de ter busto e um pouco mais de forma, então não enfrentei nenhuma pressão. Lembro, no entanto, que as modelos não podiam se bronzear, muito menos ter qualquer marquinha de biquíni. Uma vez levei uma bronca por aparecer bronzeada, mas, algum tempo depois, esse look mais natural e saudável virou moda. Logo que comecei era difícil pegar trabalho, pois era a fase do “heroin chic”. Só depois que a "Vogue America" me colocou na capa, em 1999, com o título “the return of the sexy model” [o retorno da modelo sexy], que tudo mudou e passei a trabalhar bastante.
Gisele em campanha de marca de lingerie: fotos foram clicadas cinco meses após o parto de Benjamim, primeiro filho da top model. (Foto: Bob Wolfenson/Divulgação Hope)
G1 - Qual fase você considera a mais difícil na sua trajetória? Teve algum momento em que você pensou em desistir?Gisele - Passei por vários momentos difíceis, acho que um dos mais difíceis foi quando fui para o Japão, com 14 anos, e depois também para Nova York, sem falar nada de inglês. Era um pouco amedrontador, mas logo me adaptei. Nunca pensei em desistir, podia passar dias fazendo castings [seleção de modelos para trabalhos], andando de ônibus ou metrô de um lado para o outro, sem pegar nenhum trabalho, mas nunca passou pela minha cabeça desistir.
G1 - Hoje há muitas modelos e atrizes que vivem do estilo que são fotografadas nas ruas, em eventos badalados... São as chamadas “it girls”. Você tem essa preocupação em imprimir um estilo para as câmeras dos paparazzi quando sai de casa?
Gisele - Não tenho tempo para ficar pensando o que vestir. Sou muito básica e para mim o conforto vem em primeiro lugar. Gosto de me sentir bem com o que visto e isso é o mais importante. Adoro roupas, mas não tenho um estilo definido, me visto muito de acordo com o meu humor. Não sigo muito as tendências da moda, mas se vejo algo que acho bacana, gosto de experimentar.
G1 - Você acha que estar na moda custa caro?
Gisele - Não acho que para estar na moda você precisa gastar muito. Existem inúmeras lojas que oferecem opções mais baratas para quem gosta de seguir tendências. Agora, se a pessoa quer alguma peça ou artigo exclusivo, de alto luxo, aí vai pagar caro mesmo.
G1 - Toda mulher tem aqueles dias em que se olha no espelho e se acha fora do peso, o cabelo um horror, a pele feia e nada no guarda-roupa veste bem. Você passa por esses dias?
Gisele - Claro, toda mulher passa. Acho que depende muito do seu estado de espírito, então espero passar. Nada como um dia após o outro.
A linha de cosméticos Sejaa: produtos tem toques
pessoais de Gisele, a idealizadora da nova marca.
(Foto: Divulgação)
G1 - Ao longo de sua carreira você teve acesso a diversas marcas de cosméticos, foi garota-propaganda de algumas das maiores grifes de beleza do mundo. Por que se interessou em entrar para o ramo?pessoais de Gisele, a idealizadora da nova marca.
(Foto: Divulgação)
Gisele - Eu queria fazer um creme que fosse exatamente do jeito que idealizava, que fosse o mais natural possível e de alta qualidade, além de não agredir o meio ambiente. Os produtos Sejaa são produzidos com ingredientes da mais alta qualidade, conservados de forma orgânica e natural. A pele é o nosso maior órgão, então, temos que cuidar o que colocamos nela. A preocupação com os ingredientes reflete na qualidade e nos resultados do produto.
G1 - É verdade que você estudou aromaterapia para desenvolver seus cosméticos?
Gisele - Um dos meus aromaterápicos favoritos que coloquei nos produtos é o sândalo, que tem um cheirinho maravilhoso e tem propriedades calmantes e harmonizantes.
G1 - Você usa muito a palavra “equilíbrio” em suas entrevistas. Como busca esse equilíbrio no dia a dia? Já fez ou faz terapia? Religião tem a ver com esse equilíbrio?
Gisele - Busco o equilíbrio através de uma vida saudável e regrada. Gosto de meditar, praticar ioga ou algum outro exercício que me faça sentir bem. Também procuro ter uma alimentação saudável, isso ajuda a me manter presente, consciente. Estamos sempre correndo e, muitas vezes, não paramos muito para pensar, respirar. Tenho procurado fazer isso e aproveito estes momentos para refletir e me conhecer melhor, só assim é possível evoluir.
G1 - O que você sente que de fato mudou com a maternidade?
Gisele - Muita coisa mudou, mas diria que o principal são as prioridades. Hoje, minha prioridade é o meu filho. Tive que reorganizar minha rotina para poder estar presente na vida dele e curti-lo também, mas ao mesmo tempo, continuar trabalhando e fazendo as coisas que acho importantes.
G1 - Você já planeja um irmãozinho para o Benjamim?
Gisele - Gostaria de ter mais filhos, mas não sei quantos e nem quando terei o próximo.
Gisele - Gostaria de ter mais filhos, mas não sei quantos e nem quando terei o próximo.
***Fonte:globo.com
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