sexta-feira, outubro 03, 2014
Proibir jornalistas, radialistas e integrantes dos meios de comunicação de entrevistar, mencionar, elogiar ou mesmo criticar candidatos inscritos na disputa eleitoral de 2014 é censura prévia, vedada pela Constituição Federal. Com esse entendimento, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar restabelecendo o direito de emissoras de rádio e TV do Sistema Beija-Flor de Comunicação, no Amapá, entrevistarem candidatos que disputam eleição no estado este ano.
***O ministro Luís Roberto Barroso (centro) decisão interlocutória e cláusula pétrea da CF (só modifica com outra Assembléia Nacional Constituinte) favorável à liberdade expressão e pensamento
O Sistema Beija-Flor de Comunicação é formado por duas emissoras de TV e 16 rádios pertencentes à família de Gilvam Borges (PMDB-AP), que disputa uma vaga ao Senado Federal.
Ao julgar ação de investigação judicial eleitoral, o juiz substituto Carlos Tork, do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, suspendeu, em liminar, o sinal das emissoras do grupo. Após Mandado de Segurança, o juiz eleitoral Vicente Pereira Gomes, do mesmo tribunal, proibiu as emissoras de comentar ou citar os nomes dos candidatos que disputam a eleição no Amapá, excluindo da decisão a exibição dos programas eleitorais gratuitos. O grupo ajuizou reclamação contra essa decisão alegando abuso no exercício da liberdade de imprensa.
Tal argumento foi levado em consideração pelo ministro Barroso. Segundo ele, a decisão do tribunal regional constitui censura prévia, que é vedada pela Constituição. O STF já decidiu que a liberdade de imprensa não pode ser objeto da restrição drástica imposta pela Justiça Eleitoral, de modo que eventuais excessos deveriam ser reparados pelos meios legais cabíveis. "A interrupção abrupta de toda e qualquer veiculação estaria em sentido diametralmente oposto ao que consagra a jurisprudência da Corte", afirmou Barroso na decisão.
Barroso afastou a restrição imposta ao grupo e restabeleceu a liberdade de expressão, informação e imprensa. Isso não significa, segundo ele, “que as autoridades possam descurar do seu dever de fiscalizar e coibir eventuais direcionamentos indevidos”. Ele determinou à Justiça Eleitoral que fiscalize o cumprimento da legislação, assegurando tratamento igualitário aos candidatos.
Clique aqui para ler a decisão.
Medida Cautelar na Reclamação 18.687
***Por Livia Scocuglia (com título do redator do blog)
http://amazoniaviva.zip.net/
142 MILHÕES DE BRASILEIROS VOTAM NESTE DOMINGO EM PRESIDENCIÁVEIS, CANDIDATOS A 1/3 DE VAGAS NO SENADO, CÂMARA DOS DEPUTADOS E ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS
Neste domingo (05/10/2014), 142,8 milhões de brasileiros aptos a votar, no Brasil e no exterior, vão às urnas, para eleger o presidente e o vice-presidente da República, deputados federais, estaduais e distritais, senadores e governadores. Em 2010, o número de eleitores era de 135,8 milhões, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Houve, portanto, um aumento de 5,17% no número de eleitores em quatro anos.
Os brasileiros poderão votar de 8 às 17 horas (horário de Brasília), mesmo se estiverem fora do seu domicílio eleitoral. Neste domingo, 84.418 eleitores vão votar em trânsito. Em 2010, só foi possível votar em trânsito nas capitais. Agora, cidades com mais de 200 mil eleitores que se cadastraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também têm esse direito. O prazo para solicitar o direito de votar fora da cidade onde o eleitor mora encerrou-se em agosto.
Se você estiver fora de seu domicílio eleitoral e não se cadastrou para a votação em trânsito, não se esqueça de apresentar o requerimento de justificativa eleitoral.
Se você estiver fora de seu domicílio eleitoral e não se cadastrou para a votação em trânsito, não se esqueça de apresentar o requerimento de justificativa eleitoral.
Os brasileiros que estão no exterior também poderão votar. São 354.184 eleitores aptos a votar fora do Brasil, em 916 seções eleitorais distribuídas em 89 países. O prazo para solicitar esse direito também já se encerrou.
Aqui no Brasil, eleitores e candidatos precisam ficar atentos às condutas proibidas no dia da eleição. De acordo com o TSE, é permitida a manifestação individual e silenciosa do eleitor, como o uso de bandeiras, broches e adesivos. Fica proibida, no entanto, a distribuição de material de propaganda política ou a prática de aliciamento, coação ou manifestação para influenciar a vontade do eleitor.
Continua:
***Da Redação – ND (título modificado neste blog)
quarta-feira, outubro 01, 2014
Procuradoria Regional Eleitoral reforça importância de denúncia de ilícitos eleitorais
***Reginaldo da Trindade e Gisele Bleggi, MPF/Procuradoria da República em Rondônia/ PRE...
Eleitores podem denunciar ilícitos eleitorais, como compra de votos, pelo WhatsApp, e-mail, telefone e pessoalmente...
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) em Rondônia reforça o pedido de que os eleitores que tenham conhecimento de ilícitos eleitorais denunciem. Com a proximidade da votação, 5 de outubro, a fiscalização aumenta, pois crimes eleitorais, como compra de votos e transporte irregular de eleitores, se intensificam na semana que antecede o pleito.A PRE possui diversos canais para denunciar, um deles é o WhatsApp (69) 9231-3664 que facilita o processo de envio de mensagens, fotos e vídeos por ser instantâneo.
Várias denúncias foram recebidas por este canal. A maior parte delas, referentes a propaganda eleitoral irregular. As denúncias recebidas são analisadas pela PRE e podem ser investigadas, dependendo das informações prestadas.
A PRE atenta para que no dia das eleições, o eleitor denuncie atos proibidos pela Lei Eleitoral, como o uso de alto-falantes ou a promoção de comício ou carreata, a boca de urna, o transporte irregular de eleitores e a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. Estas práticas constituem crimes e a pena pode ser de 6 meses a um ano de detenção, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período e multa no valor de cinco mil a mais de quinze mil reais.
Propaganda eleitoral
A propaganda eleitoral gratuita em rádio e TV; propaganda em páginas institucionais na internet; a realização de comícios ou reuniões públicas e debates; e o uso de aparelhagem de som fixo são permitidos até 2 de outubro. Já a divulgação paga em jornais impressos é permitida até 3 de outubro. Um dia antes da eleição, 4 de outubro, pode ser realizada propaganda com amplificadores de som, caminhadas e passeatas, além da distribuição de material de propaganda política.
Como denunciar
Quem tiver informações sobre possíveis ilícitos, pode entrar em contato com a PRE pelo e-mail pre-ro@mpf.mp.br; por formulário eletrônico no endereço cidadao.mpf.mp.br; pessoalmente na sede da PRE (avenida Abunã, 1759, bairro São João Bosco, em Porto Velho) ou nas promotorias eleitorais do interior de Rondônia.
Os eleitores que tiverem o aplicativo Whatsapp em seus celulares podem enviar mensagens para o número (69) 9231-3664. Este canal de atendimento é exclusivo para mensagens de texto, imagens e vídeos. Para denúncias por ligação telefônica, o número é o 148, da Justiça Eleitoral.
Procuradoria Regional Eleitoral
As Procuradorias Regionais Eleitorais (PREs) estão presentes em todos os estados do Brasil e são estruturas do Ministério Público Federal que, junto com a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), defendem a democracia e a normalidade das eleições nos Tribunais Eleitorais. Essas unidades do MPF constituem - com os promotores de Justiça dos MPs estaduais designados pelos PREs para atuar como promotores eleitorais - o Ministério Público Eleitoral.
***Fonte: MPF/RO (www.prro.mpf.mp.br)
As Eleições e os Candidatos que não Deveriam Ser
Por
Reginaldo Trindade[1]
Rondônia
está em festa. O país inteiro está.
É a
Festa da Democracia, onde todos os cidadãos, movidos pelo bem maior da nação, reúnem-se,
em grande júbilo, para escolher as pessoas mais aptas e capazes para ocupar os
mais relevantes cargos do país. Seja lá o que isso queira dizer ou mesmo como
se queira interpretar.
É
uma festa diferente, onde não se serve salgadinho ou refrigerante, porque o
dono da festa (o TSE – ou o Congresso Nacional, se preferirem) não permite.
Não
se escreve para falar da festa em si, mas daqueles que participam dela.
Na
verdade, o dono efetivo da festa é o povo e há algumas pessoas que não são
bem-vindas à comemoração. Ou, ao menos, não deveriam ser – especialmente nos
papeis mais importantes.
Direto
ao ponto, existem candidaturas que são verdadeiras aberrações, ainda que não
enquadráveis diretamente na Lei da Ficha Limpa.
Por
exemplo, há uma famigerada deputada estadual, candidata à reeleição, que,
embora (ainda) não seja ficha suja, esteve envolvida nas últimas principais
grandes operações ministeriais/policiais.
Suas
ligações com pessoas de pouca índole (para dizer o mínimo) são quase umbilicais.
As suspeitas (outro eufemismo) sobre a sua conduta são tão fortes que até a
Assembleia Legislativa resolveu afastá-la de suas funções neste ano.
Ela e
muitos outros compõem um grupo de pretendentes que, à falta de um nome mais
sublime, chamarei de candidato “cara-de-pau”.
Em todo o
país, em todas as eleições existem candidatos “caras-de-pau”. Para ficar apenas
com os mais célebres, Maluf em São Paulo e Arruda no Distrito Federal.
São
candidatos que, a despeito de ostentarem uma longa ficha de desserviço ao país,
mesmo assim insistem em concorrer.
Em
Rondônia, um dos candidatos ao Governo “se tornará ficha limpa” às vésperas da
eleição. Ao que tudo indica, o pleito pode ser decidido numa discussão técnica
acerca da condição dele, esquecendo-se, todos (ou a maioria), de que ele foi
acusado e condenado, mais de uma vez, em várias e diferentes instâncias, pelo
maior crime eleitoral já acontecido no Estado.
Maior e
mais hediondo crime eleitoral de toda a história de Rondônia. Seja pela
dimensão, seja pelas pessoas envolvidas, seja pela forma escancarada e
deslavada como foi praticado (depósito em conta corrente!), seja pelo número de
votos comprados (quase mil eleitores – isso para ficar só com os números em que
houve prova cabal e incontestável).
Alguns
poderão retrucar que ele já terá cumprido sua pena e, por isso mesmo, tem
direito a voltar a conviver normalmente em sociedade e a provar que está
totalmente ressocializado, demonstrando que é uma nova pessoa, um cidadão de
bem, que pode conviver entre todos, enfim.
Concordamos.
Temos que concordar, sobretudo porque a Constituição, via de regra, não tolera
penas perpétuas. Nessa compreensão, pervertemos até o entendimento popular de
que pau que nasce torto, morre torto.
No
entanto, muitas dúvidas razoáveis podem ser opostas a essa pretensão
aparentemente legítima.
Primeira,
o fato de que o candidato terá cumprido a sua pena não significará dizer que já
terá se redimido do crime ou mesmo dele se arrependido.
Segunda,
e mais relevante, é no mínimo temerário testar a redenção dessa pessoa
alçando-a ao cargo mais elevado do Estado.
E se ela
não estiver ainda ressocializada? E se teimar reincidir no crime?
Façamos
um paralelo. Você contrataria um ex-presidiário para trabalhar em sua
residência? Um ser humano de bem, despido de preconceitos e que acredita que
todos nós podemos nos redimir dos nossos erros, provavelmente sim. Tomando alguns cuidados, naturalmente.
Um
ex-condenado, normalmente, reconstrói sua vida lá de baixo, fazendo atividades
bem modestas. Toda a honorabilidade de que desfrutava antes do crime sucumbe
com a prática ilícita e, então, ele tem que demonstrar, dia a dia, por tempo
razoável, que é um novo homem, merecedor da confiança de todos.
O
político que trai a confiança do povo assassina a esperança de todos por dias
melhores. O crime
é muito mais grave, porque atinge toda a coletividade.
Assim, se
quer retornar à vida política, o mínimo que deveria fazer é reconstruir sua
trajetória, retornando ao início, com atividades bem humildes, não como
Governador de Estado!
As
pessoas tendem a se preocupar com as suas próprias vidas e pouco ou nada quando
se trata do bem comum, do interesse público. Tomamos cuidado para empregar um
ex-presidiário (quando empregamos!), mas não estamos nem aí quando vamos eleger
uma pessoa a um cargo político.
Essa
inversão de valores, essa preocupação só com o próprio umbigo, pode condenar
Rondônia a continuar sendo exatamente como tem sido: vergonha nacional em se tratando de parte considerável da classe
política.
Há lógica
e razoabilidade em eleger Governador uma pessoa que foi recentemente cassada
porque comprou votos para conquistar o cargo de Senador?!
Feliz ou
infelizmente, votar é um exercício de lógica, máxime porque, diante da
multiplicidade de candidatos e de propostas, temos que eliminar (do rol dos
elegíveis) aqueles que não são merecedores da nossa escolha.
Assim,
que o pretenso candidato prove que é
uma nova pessoa subindo, de novo, toda a escada da cidadania, começando pelo
primeiro degrau, não pelo topo!
Existem
outras situações curiosas, por assim dizer, nestas eleições.
Determinada
autoridade/celebridade, ficha suja, não pode concorrer e, então, coloca a mãe,
o filho ou qualquer outro parente próximo (ou mesmo não tão próximo assim) para
concorrer no seu lugar – invariavelmente hipotecando-lhe todo o “prestígio” e,
não raro, realçando a virtude do apadrinhado: “Esse é ficha limpa. Podem votar
que eu garanto!” Um sujo atestando
um – talvez – mal lavado.
A esse
propósito, são muitos os exemplos em Rondônia.
Há uma “célebre”
família mesmo que conseguiu a proeza de ter dois dos mais ilustres membros do
clã presos (isso mesmo, presos!) simultaneamente, no exercício do mandato.
Essa
eloquente circunstância, no entanto, não impediu que vários parentes da
referida “dupla dinâmica” concorresse nestas eleições.
Nossa
opinião, pesa dizer, é clara como a luz do dia: entendemos que parentes de ficha suja, normalmente, não deveriam receber
nossos votos.
Não que
se queira generalizar e fazer inocentes pagar pelo crime dos outros. Não que se
queira que a pena vá além da pessoa do condenado.
É que,
não raro, o parente vai ser alçado à condição de legislador (ou mesmo
governante) para continuar a “obra” da tal “autoridade” que foi banida
da vida política. O parente provavelmente vai ser marionete...
E a lista
de “penetras” na festa da democracia prossegue. Ela é enorme, tamanho o descaramento das pessoas
interessadas em permanecer no poder. Ou alcançá-lo novamente. Ou até mesmo
aumentar o poder que atualmente possuem, ocupando um cargo mais elevado.
Na
Assembleia Legislativa mesmo praticamente todos são candidatos à reeleição,
alguns dos quais estiveram recentemente envolvidos nas situações mais
cabeludas.
Até mesmo
na Câmara de Vereadores uma parte significativa de seus membros quer alçar voos
mais altos, pretensamente para “servir mais à sociedade”. Todavia, o
passado recente de pelo menos um se agiganta como uma montanha de dúvidas
acerca do real propósito a lhe mover a pretensão.
Refere-se
a um vereador em especial, que há pouco mais de ano estava até preso, envolvido
na Operação Apocalipse, e, agora, quer deixar a vereança e se transformar em
deputado federal.
Aliás,
alguns deputados estaduais também foram envolvidos na mesma operação. A já
referida parlamentar estadual, como sempre, estava entre eles.
Novamente,
os mais conservadores dirão que eles não foram condenados ainda; que podem ser
inocentes; que, enquanto não forem condenados, não podem ser havidos como tais.
Ora, quem
disse que a presunção de inocência se presta a tanto? Quem disse que esse
princípio, muito comum e adequado no processo penal, é lei no mágico e sagrado
momento na cabine eletrônica de votação?
Se as
pessoas foram presas ou mesmo processadas significa que, no mínimo, duas
instituições distintas concluíram que há elementos razoáveis acerca da
responsabilidade delas. Quando menos, uma instituição pediu (a polícia e/ou o
Ministério Público) e outra concedeu (a magistratura).
Onde há
fumaça há fogo. Em caso de dúvida, porque nós temos que votar justamente
naqueles que podem não ser os
mais adequados para nos representar?
Lembre-se
que votar é um exercício (também) de precaução. Temos
que ter máximo cuidado na escolha; do contrário, serão mais quatro anos de
trevas e roubalheira. No mínimo. Ganharão
os desonestos. Perderemos todos nós.
Mas essas
pessoas ficarão eternamente impossibilitadas de concorrer? Insistem os
bajuladores/indiferentes, digo, conservadores. Não, de modo algum! Elas podem
(e devem) provar que são inocentes e, após, se habilitam novamente em outros
pleitos. A cada dois anos nós temos eleições no país.
Outros
poderão dizer que, se for levar a ferro e fogo, não sobrará ninguém. Sobra sim.
Temos mais de 500 candidatos registrados em Rondônia. A maioria não ostenta um
passado (recente) tão tenebroso.
Logo, é
plenamente factível depurar a escolha, banindo de nossas pretensões todos esses
sobre os quais pesam dúvidas, maiores ou menores, acerca de que se podem
(devem) ser merecedores de nosso sufrágio.
Caminhando
para o final, em uma lista tão seleta não poderia ficar de fora um ex-prefeito
de Porto Velho, que fez o que fez na recente administração da Capital e cujo
cartão postal (um deles) está ainda estampado e escancarado nos principais
pontos de acesso à cidade (isso mesmo, os viadutos!!!!).
Acreditamos
desnecessário relembrar tudo que ele e os seus principais assessores praticaram
em oito anos à frente do executivo municipal.
Na
verdade, deixemos que a cidade, completamente devastada pelo tsunami da
ganância humana, fale por nós. Uma imagem vale mil palavras. No caso da
combalida capital rondoniense, temos muitas imagens...
Engraçado
que ele escolheu um curioso slogan ou lema de campanha: “Seguindo em frente”.
Ele quer
seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Como se a maioria dos seus
secretários não tivessem sido presos há menos de dois anos. Como se ele próprio
não respondesse a várias ações judiciais (só na Justiça Federal são, pelo
menos, cinco ações denunciando corrupção), em algumas das quais está até com os
bens bloqueados.
Se ele
vai seguir em frente ou não depende de nós. Só de nós.
Curiosamente,
à semelhança, há um outro candidato que ainda tem a desfaçatez de usar, como
lema de campanha, o seguinte: “Quem trabalha não tem defeito”. Como se quem
trabalhasse pudesse roubar ou matar.
Quem
trabalha tem defeito sim!!!!!
Aliás, a essa máxima, que só deveria
convencer bajuladores e os mais estúpidos, ousamos propor outra: “Quem rouba o
patrimônio público pode até ter todas as qualidades do mundo. Não serve para
nos representar!!!!!”.
Quem
mexe no dinheiro público tem um defeito de nascença. Tem um vício intrínseco,
como os mais letrados no direito poderiam dizer, ou defeito congênito, em
linguajar mais próprio das ciências médicas.
Acho
que nasci no país errado. Eu deveria ter nascido na Suíça, Finlândia ou Japão.
Não que lá não exista corrupção. Todo lugar tem, por mais chique ou evoluído
que seja. Aliás, o que falta ao Brasil e a nós mesmos não é honestidade, mas vergonha
na cara.
Falta
vergonha na cara dos nossos “eternos” representantes e, sobretudo, falta
vergonha na cara de nós mesmos, que os elegemos em todos os pleitos.
Até
quando o cinismo vai imperar em Rondônia e mesmo no Brasil?
A missão
do cidadão de bem, ainda mais num país como esse, é não se conformar jamais.
Nunca perder a capacidade de se indignar com as coisas erradas. Ao menos isso.
E... votar bem!
Não temos ilusões quanto ao alcance de nossas
palavras. Sabemos o tanto que é difícil tentar levar cidadania e consciência a
uma sociedade nem sempre acostumada ou mesmo preocupada com esses conceitos aparentemente
vazios e sem significado.
Votar é muito mais do que “perder” um
domingo, interrompendo o churrasco ou a piscina, para ir à escola mais próxima
e teclar alguns números.
Para
finalizar mesmo, rogo, de coração que não acreditem em nada do que escrevi.
Duvidem de tudo. Investiguem por si sós. Pensem por si sós. Alguns poucos
cliques na internet devem servir para trazer luzes à escolha de cada um.
Não confiem no sorriso, na lágrima ou no
discurso – por mais eloquente que seja. Acreditem apenas nas ações.
Caro leitor/eleitor, ninguém saberá em quem
você votou. Mas, todos nós amargaremos as consequências de uma escolha infeliz.
Votem com responsabilidade. É hora de verdadeiramente lutarmos e agirmos por um
Brasil melhor! Nada terá sido mais importante
na vida política de cada um.
(Serão
muitas as críticas acerca de pretensa generalidade do texto ou mesmo
supostamente por tentar lançar lama na honra de alguns candidatos. Embora alguns
dos pretendentes mereçam até mais que isso, certo é que a história registra que
muitos colheram dissabores apenas por tentar semear a verdade e ajudar a
sociedade. Conquanto não desejemos os reveses, o fato de que estaremos muito
bem acompanhados conforta-nos demasiadamente.)
[1]
Procurador da República. Ex-Procurador Regional Eleitoral. Responsável, no
Estado de Rondônia, pela Defesa do Povo Cinta Larga. Especialista em Direito
Constitucional.
***Link: http://amazoniaviva.zip.net/
segunda-feira, setembro 29, 2014
ELEITORADO FEMININO É MAIOR EM TODO O BRASIL, MAS PESQUISA DO DATASENADO MOSTRA FALTA DE APOIO DOS PARTIDOS AS CANDIDATURAS DAS MULHERES
Pesquisa do instituto DataSenado revela que a falta de apoio dos partidos políticos é o principal motivo que leva uma mulher a não se candidatar a cargo político.
As mulheres que apontaram esse motivo somam 41% dos entrevistados. As entrevistas com 1.091 pessoas, entre homens e mulheres de todo Brasil, foram feitas por telefone entre os dias 12 de agosto e 3 de setembro deste ano.
A sondagem, que conta com o apoio da Procuradoria Especial da Mulher do Senado, tem confiabilidade de 95%. e margem de erro de três pontos percentuais.
A pesquisa, intitulada “A Representação da Mulher na Política Brasileira”, revelou também que os brasileiros não decidem o voto baseado em gênero. Na opinião de 83% dos entrevistados, na hora de escolher alguém para votar, o sexo do candidato não faz diferença. Para reforçar que não levam em conta o sexo, 79% alegam já ter votado em alguma mulher para ocupar um cargo político.
Essas e outros informações da pesquisa DataSenado sobre a representação da mulher na política brasileira serão apresentados, em entrevista coletiva na próxima quinta-feira (2/10), às 11 horas, no plenário 6 da ala Nilo Coelho do Senado Federal
***Fonte:RCA e Agência Senado (com algumas modificações no blog)
sábado, setembro 27, 2014
Do Bacharel, sociólogo e jornalista Abelardo Jorge (foto) -Disse o Profeta Oséias, na Bíblia:"Os que semeiam ventos, colhem tempestade"...
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DECIDE: INSS PODE PAGAR MAIS POR ATRASO DE APOSENTADORIAS POR INVALIDEZ
A espera pela perícia na Justiça pode dar uma bolada maior de atrasados nos pedidos de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
A 1ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu, nesta semana, que o laudo pericial judicial não deve ser usado como data inicial do benefício, pois ele somente atesta a incapacidade do segurado, mas não o início dela.
Em seis meses, o segurado pode ganhar, pela espera, R$ 25,8 mil mais juros. Confira na edição impressa cálculos com outros valores.
Com a decisão, os segurados passam a ter o direito ao benefício desde o pedido administrativo –que pode ser um requerimento inicial ou um pedido de reconsideração.
Para quem foi direto à Justiça, o benefício começaria na data em que o INSS foi avisado sobre a ação.
O ministro Sérgio Kukina, que discordou do relator e defendeu a concessão desde o pedido, afirmou, no julgamento, que o laudo técnico é somente para orientar a Justiça sobre a existência do direito ao benefício e não para definir quando, exatamente, surgiu a doença incapacitante.
A ação original é do TRF 4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), da região sul.
***Fonte: Fernanda Brigatti do: http://www.agora.uol.com.br/
ADVERSÁRIOS ESTÃO “TREMENDO DE MEDO” DIZ MARINA APÓS PESQUISA DO DATAFOLHA
Pesquisa apontou Dilma com 40%, Marina, com 27%, e Aécio, com 18%.
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina SIlva, afirmou neste sábado (27), ao comentar a pesquisa Datafolha (*) divulgada nesta sexta (26), que seus principais adversários estão "tremendo de medo". Marina não teve agenda de campanha, mas concedeu entrevista à imprensa, em São Paulo (SP).
"Vocês acham que com dois minutos de TV, com as estruturas que nós temos, andando esse país inteiro de manhã, de tarde e de noite, chegar onde chegamos, vendo os dois maiores partidos e seus auxiliares tremendo de medo, vocês não acham que é para ficar feliz, para comemorar?", disse a candidata.
"Vocês acham que com dois minutos de TV, com as estruturas que nós temos, andando esse país inteiro de manhã, de tarde e de noite, chegar onde chegamos, vendo os dois maiores partidos e seus auxiliares tremendo de medo, vocês não acham que é para ficar feliz, para comemorar?", disse a candidata.
A pesquisa mostra que a candidata do PT, Dilma Rousseff, passou de 37% para 40% das intenções de voto; Marina Silva (PSB), de 30% para 27%; e Aécio (PSDB), de 17% para 18%.
Indagada sobre se buscará apoio de Aécio Neves em eventual segundo turno contra a candidata do PT à reeleição, Marina Silva acrescentou que só discutirá o assunto após o primeiro turno. A ex-senadora afirmou também que quem deve estar preocupado é "aquele" que gostaria de disputar o segundo turno, mas está em terceiro lugar nas pesquisas.
"Quem tem que estar preocupado com pesquisa, sabe quem é? É aquele que gostaria de estar no segundo lugar e ir para o segundo turno e até agora não saiu do terceiro lugar e quem está no primeiro lugar, segundo as pesquisas, e gostaria de não ter segundo turno e sabe que vai ter segundo turno", disse a candidata do PSB.
Indagada sobre se buscará apoio de Aécio Neves em eventual segundo turno contra a candidata do PT à reeleição, Marina Silva acrescentou que só discutirá o assunto após o primeiro turno. A ex-senadora afirmou também que quem deve estar preocupado é "aquele" que gostaria de disputar o segundo turno, mas está em terceiro lugar nas pesquisas.
"Quem tem que estar preocupado com pesquisa, sabe quem é? É aquele que gostaria de estar no segundo lugar e ir para o segundo turno e até agora não saiu do terceiro lugar e quem está no primeiro lugar, segundo as pesquisas, e gostaria de não ter segundo turno e sabe que vai ter segundo turno", disse a candidata do PSB.
saiba mais
"Eu nunca imaginei que eles [PT e PSDB] fossem se juntar. Eles gostam tanto da polarização e se acostumaram tanto a fazer o plebiscito, que, pela primeira vez na história desse país, o PT e o PSDB estão juntos na mesma artilharia nos combatendo, inconformados com o fato da sociedade brasileira, com base num programa, e um grupo de partidos que acreditam em um conjunto de ideias e de propostas, terem quebrado a polarização", concluiu.
(*) O Datafolha ouviu 11.474 eleitores em 402 municípios nos dias 25 e 26 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00782/2014.
(*) O Datafolha ouviu 11.474 eleitores em 402 municípios nos dias 25 e 26 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00782/2014.
***Fonte: G1